sexta-feira, 3 de junho de 2011

Flexibilizar a CLT?

Os trabalhadores lutaram há anos para poder ter alguns direitos, rolou muito sangue, mas parece que agora vem existindo a possibilidade da tal flexibilização da CLT.
Flexibilizar direitos adquiridos na CLT é mais ou menos como dizer que uma mulher está mais o menos grávida ou que isso é mais ou menos ético, tudo o que não existe, sendo mais clara!

Esta idéia começou a veicular pela questão do desemprego crescente e essa seria uma forma de ajuste, assim o empresariado seria desafogado da tal rigidez da CLT.
Vamos entender o significado das palavras, que pode começar a clarear nossas ideias.
No Minidicionário Silveira Bueno (2) Flexibilizar é "fornar flexível" - "pode dobrar ou curvar, maleável, dócil, complacente, submisso". Pode ser assustador quando percebemos o significado das palavras...

O que estão pretendendo fazer?
Segundo Marcelo Dias Aguiar, [...] para o Poder Judiciário Trabalhista, isso veio apenas a prejudicar o trabalhador, pois no mundo real do trabalho, não há equilíbrio de forças entre empregador e empregado, e com esse projeto de lei, a situação se agrava, ainda mais. Cada vez mais os trabalhadores terão redução de seus direitos, gerando ainda mais o desequilíbrio entre as partes, ou seja, a flexibilização das leis trabalhistas é extremamente prejudicial ao trabalhador, pois direitos garantidos institucionalmente, poderão ser alterados a bel prazer do empregador, mediante acordo ou convenção coletiva.

(encontre o texto completo em: http://buscalegis.ufsc.br/arquivos/Cr_220807_10.pdf)

Diante disso podemos imaginar que a idéia da flexibilização da CLT não veio da cabeça dos tabalhadores, mas sim das classes dominantes.
É possível pensar que um empresário quer a flexibilização da CLT, e o faz pelo bem estar do trabalhador? É mais provável que ele esteja fazendo a conta de quanto pode ganhar contratando dois trabalhadores pelo custo de um, reduzindo as horas de trabalho, assim como o salário e aumenta a sua produtividade, e consequentemente o seu lucro!

Precisamos refletir, e não ficarmos de braços cruzados pra depois pagarmos a conta!
O medo do desemprego fragiliza o trabalhador que acaba por aceitar condições impróprias para si!

Um comentário:

  1. Moro em Atibaia e outro dia fui a um Simpósio sobre Recursos Humanos, realizado pela Prefeitura local. Embora não seja do ramo, assisti e fiquei indignada ao ver uma discussão de como conseguir trabalhadores braçais para Prefeitura (tipo servente de pedreiro), por uma salário mínimo, quando a Odebrecht (se não me engano) que trabalha na região, está oferecendo 2 salários mínimos, para a mesma função. A discussãop era como afzer aodecrecht baixar osa llário, porque a Prefeitura não pode (???) pagar o mesmo, entendeu! Comom estava erpresentando uma escvoa, tive que ficar quieta e me retirar, porque cansei de ouvir absurdos....
    O que você acha?

    ResponderExcluir